Os primeiros trimestre de 2017 favoreceram empreendedorismo em Campinas (SP). Ao todo, 4.753 novas empresas foram abertas na cidade entre janeiro e março, de acordo com dados da Associação Comercial e Industrial do município (Acic). Este número mostra uma alta de 22% comparado ao mesmo período de 2016 e mostra um reaquecimento da economia na cidade.
"Mostra efetivamente uma certa confiança dos empreendedores, porque realmente estamos vindo de uma fase muito restritiva. [...] Os empresários, de um modo geral, estão acreditando nos indicadores, e isso está incentivando a investir", informa o economista da Acic Laerte Martins.
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Os números foram pesquisados pela Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), que, agora, possui escritório na Acic. As novas microempresas se destacam com 4.453 unidades. As empresas de pequeno porte criadas no período somam 158 e as empresas de porte normal somam 142.
Já no primeiro trimestre de 2016 foram criadas, ao todo, 3.896 empresas na cidade: 3.666 microempresas, 140 de pequeno porte e 90 normais.
Destaque na RMC e no estado de SP
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) teve um total de 12.001 empresas abertas entre janeiro e março de 2017, que corresponde a um aumento de 16% em relação a 2016, quando 10.270 negócios abriram, no mesmo período.
De acordo com a Acic, o estado de SP registrou crescimento de 11,5% no primeiro trimestre. Campinas foi destaque no RMC e ao resultado estadual das novas empresas criadas.
"O nosso foi mais expressivo porque oferece condições melhores, empreendimentos voltados a tecnologia, informática e processamento de dados", informa o economista.
Queda no fechamento de empresas
A queda no número de empresas que fecharam no 1º trimestre de 2017 também contribui para o bom cenário na cidade, conforme informado pelo economista. Foram 680, contra 832 no mesmo período de 2016, que equivale a -18,27%.
Na RMC a queda foi de -20,33% no número de negócios que não deram certo. Passou de 2.090 para 1.665, considerando o primeiro trimestre de 2016 e 2017.
Para Laerte Martins, os números reforçam a recuperação na economia da região, já que no comparativo dos anos de 2015 e 2016, o total de empresas fechadas ainda preocupava. Passou de 2.937, em 2015, para 3.402, em 2016.
"A culpa foi toda da situação econômica que o país passava naquela oportunidade, o PIB negativo, juros elevados. Então, isso desestimulou muito a atividade econômica. [...] As perspectivas são boas para os investimentos em negócios tendo em vista a constatação do crescimento do mercado", completa Laerte Martins.