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Correios Anunciam PDV e Possível Convocação de Aprovados em Concursos Operacional e SESMT

Com concursos dos Correios ainda vigentes e à espera de convocações, a empresa revela uma reestruturação operacional e um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV). Saiba mais!

Por Emerson Fernandes | Publicado em 19/10/2025 às 14h09

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Na última quarta-feira, dia 15, a direção dos Correios revelou a primeira etapa de seu plano de reestruturação operacional e financeira. Entre as ações previstas está a redução de despesas operacionais e administrativas, incluindo a introdução de um novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV).

De acordo com a empresa, será realizada uma análise detalhada da força de trabalho para identificar setores ou regiões com excesso de pessoal. Apenas os funcionários nessas condições poderão optar pelo novo PDV, aliviando assim a folha de pagamento.

É prática comum que órgãos e empresas públicas realizem contratações de aprovados em concursos após a implementação de um PDV.

A equipe de reportagem entrou em contato com os Correios, que informaram que a convocação dos aprovados será feita conforme a necessidade da empresa e a ordem de classificação.

Até o momento, não há previsão de quando ocorrerão as convocações dos aprovados nos concursos dos Correios.

"A convocação dos candidatos aprovados nos processos seletivos para cargos nas áreas de saúde, segurança do trabalho e operação será iniciada conforme a necessidade da empresa e a ordem de classificação. O novo programa de demissões voluntárias (PDV) ainda está em fase de estruturação. Será realizado um diagnóstico da força de trabalho, com um mapa claro de setores da empresa ou de territórios que estão com ociosidade. Empregados nessas situações poderão aderir ao novo PDV, diminuindo a pressão da folha de pessoal", informou a empresa em nota.

Para enfrentar a crise financeira, os Correios também planejam vender imóveis ociosos, renegociar contratos, diversificar suas fontes de receita e recuperar a liquidez da empresa.

Essas ações serão aprofundadas nas próximas fases do Plano de Reestruturação, que dependem da recuperação total da capacidade operacional e da saúde financeira da empresa para serem efetivas.

A empresa enfrenta um déficit bilionário, com prejuízos de R$4,37 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, conforme balanço divulgado.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu a seriedade da situação e apontou que parte da crise está relacionada ao modelo do setor.

Ele ressaltou que os Correios têm a obrigação de manter serviços postais em áreas remotas, enquanto concorrentes privados atuam apenas nos segmentos mais lucrativos.

"Enquanto todos os concorrentes ficam com o filé mignon, os Correios arcam com o osso, sem recursos para subsidiar", afirmou Haddad em entrevista, justificando os prejuízos recorrentes. A empresa também passou por instabilidade em sua gestão. Fabiano Silva dos Santos renunciou à presidência em julho, e Emmanoel Schmidt Rondon assumiu o cargo em setembro.

Funcionário de carreira do Banco do Brasil, a escolha de Rondon foi vista como uma oportunidade para acelerar as convocações.

Devido à crise financeira, os Correios ainda não chamaram os aprovados do último concurso, realizado em 2024.

Atualmente, dois concursos aguardam convocações:

1. Concurso da área Operacional: ofereceu 3.511 vagas, sendo 3.099 para carteiro (nível médio) e 412 para cargos de nível superior.
2. Concurso SESMT: disponibilizou 33 vagas imediatas, além de cadastro de reserva, para cargos de níveis médio/técnico e superior.

Ambos os concursos já foram homologados e estão dentro do prazo de validade. No entanto, os aprovados ainda não têm previsão de ingresso, o que gera frustração entre candidatos e pressões de sindicatos.

Para os cargos de carteiro e analista da área Operacional, a homologação foi publicada em abril deste ano, mantendo a seleção válida até abril de 2026.

O concurso para o SESMT foi homologado em novembro de 2024 e permanece válido até novembro deste ano. Em ambos os casos, há possibilidade de prorrogação por mais um ano, a critério da empresa.

Enquanto isso, a possibilidade de um novo concurso dos Correios permanece em aberto.

Um superintendente da estatal chegou a considerar a publicação de um edital específico para atendente comercial, mas a crise e a falta de convocações das seleções anteriores adiaram qualquer progresso.

O cargo de atendente comercial é visto como estratégico, e sua ausência no último concurso foi alvo de críticas de sindicatos e candidatos.

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