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Brasil tem mais de 422 mil marcas na 'fila' para registro

Por Emerson Almeida - Publicado em: - Atualizado em

O Brasil fechou o ano passado com mais de 244 mil patentes e 422 mil marcas na espera pela análise de registro. A lentidão do desses processos afeta a competitividade e a capacidade de inovação da indústria nacional, de acordo com especialistas.

Para investigar uma marca, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) demora cerca de 30 meses. Para patente, o prazo médio é de 10,8 anos, deixando o país na 30ª posição do ranking mundial de patentes. Os Estados Unidos, primeiro colocado, leva em média 2 anos e meio para analisar um pedido.

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De acordo com o presidente do INPI, o melhor seria reduzir os prazos para 4 anos, no caso das patentes, e 18 meses para marcas. -É o que permitiria que o Brasil pudesse assinar e participar do protocolo de Madri que é um esquema, um mecanismo jurídico, que permite a apresentação de um pedido de marcas em vários países-, afirmou Pimentel.

Reforço do quadro

O INPI empossou nesta terça-feira (2) 70 novos servidores que serão encarregados pela análise de pedidos de registros de marcas e patentes no país. Com o reforço no quadro, o instituto objetiva aumentar, até 2018, em 160% a produção de patentes em relação a 2015 e em 14% o número de exames de marcas até 2020.

Os novos 70 servidores equivalem a 50% do cadastro de reserva do último concurso realizado pelo INPI, em 2014. Os 140 aprovados dentro do limite de oportunidades do evento já haviam tomado posse em 2016.

A contratação destes 210 examinadores, mas isso não supre o déficit de pessoal do instituto, cujo quadro atual de servidores ativos é de 1.103, mas que estima a necessidade de ampliar para, ao menos, 1,8 mil - quadro máximo permitido ao INPI.

-Nunca conseguimos ultrapassar 65% desta dotação. Inclusive, estes 210 que foram nomeados agora praticamente fazem a reposição da evasão dos servidores nos últimos anos e das aposentadorias-, declarou o presidente do INPI, Luiz Otávio Pimentel.

'Problema histórico'

De acordo com o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, a demora para o registro de marcas e patentes no INPI é um -problema histórico e de longa data- que não será solucionado com a nomeação destes novos servidores.

Conforme informado por Pereira, são estudadas medidas para dinamizar o processo. -A equipe técnica do instituto está desenhando e redesenhando os processos que, nós cremos, poderá minimizar a situação-, disse.

O presidente do INPI explicou que entre as medidas para dinamizar os processos é melhorar a digitalização dos documentos dos pedidos de registro, além de investir em robôs que fazem a varredura das bases de dados mundiais de marcas e patentes - para se fazer um registro, é necessário que ele seja único no mundo.

-A nossa restrição financeira faz com que o nosso acesso às bases de dados mais importantes que existem no mundo seja muito limitado. Então, uma parte da nossa pesquisa é feita em bases gratuitas, o que aumenta o tempo de procura-, destacou Luiz Pimentel.

Com os novos 210 servidores o INPI conseguirá, segundo o seu presidente, atender à demanda corrente de pedidas, ou seja, analisar por ano o mesmo número de novos pedidos, cuja análise é feita por ondem de chegada.

Embora o aumento do quadro de pessoal permita ampliar o volume de análise, o estoque de patentes deverá se manter estável até 2020. O de marcas poderá cair 21% em relação ao ano passado.

Novos concursos

O presidente do INPI adiantou que o instituto pedirá ao Ministério do Planejamento a abertura, ainda este ano, de um novo concurso público para compor o quadro de pessoal. Todavia, com o contingenciamento de gastos estipulado pelo governo federal, não há expectativa de que o certame seja autorizado.

-Vamos fazer [o pedido de concurso] para todos os nossos quadros, mas em especial e em caráter de urgência na área de mecânica-, enfatizou.

Ainda de acordo com Pimentel, o maior estoque pendente para o registro de patentes se concentra nas áreas de mecânica e biotecnologia e fármacos. -Só para mecânica a gente precisava de cerca de 40 examinadores, mas só temos três-, realça Pimentel.

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