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Mulheres lutam por destaque em setores da aviação

Por Emerson Almeida - Publicado em: - Atualizado em

Apesar de ser uma área que tem, em sua maioria, homens, cada vez mais mulheres estão indo para a aviação, ocupando postos variados nos segmentos civil e militar. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), elas ocupam 5.190 postos de trabalho, o equivalente a 13,56% dos cargos, como pilotos, técnicas em manutenção de aeronaves e oficiais aviadoras.

Duas profissionais conversaram sobre a rotina de trabalho, os desafios, o preconceito e o caminho para a realização do sonho nas carreiras. Clique aqui e confira mais reportagens especiais sobre aviação na página Plano de Voo.

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Quando era criança, a comandante Gabriela Carneiro Duarte pedia a seus pais que a levassem até um aeroporto para ver os aviões. "Sempre tive o apoio deles! Mesmo nos momentos difíceis, em que eu achava que não ia conseguir, eles estavam ao meu lado".

Formada em administração, muitas vezes ela ouviu que era melhor tentar um concurso público ou seguir carreira no mundo corporativo, mas persistiu no sonho.

"Costumava ouvir das pessoas, até de alguns familiares, que ser piloto era um sonho e que era melhor tentar outra carreira. O começo na aviação não é fácil, tanto para homens como para mulheres. Tive alguma dificuldade no início da minha carreira, porém nunca tive problemas em ser contratada e seguir como piloto. Acredito que o caminho esteja aberto para as mulheres na aviação brasileira-.

Gabriela é pilota de aeronaves Boeing 737-700 e 737-800, em voos com itinerários nacionais e internacionais da empresa Gol.

"Não existem dias fixos de trabalho. No dia a dia, geralmente me apresento para um voo com uma hora de antecedência, encontro os demais tripulantes, fazemos um briefing, verifico a documentação referente ao voo e seguimos para a aeronave", explicou a comandante.

De acordo com Gabriela, os passageiros ainda ficam surpresos quando percebem que uma mulher está no comando do voo, mas as reações são positivas.

"Recebo muitos elogios e palavras de apoio. Os comentários negativos são muito raros, mas quando acontecem, sempre tento brincar com a situação e revertê-la. Casos de preconceito já ocorreram no passado, mas são cada vez mais raros e temos a lei a nosso favor", informa.

Para conciliar o trabalho sem rotina com sua vida pessoal, Gabriela tenta suprir a ausência familiar com a qualidade no convívio.

"Não tenho filhos e meu marido aceita e apoia minha profissão. É difícil ficar longe, principalmente nas datas festivas, mas sempre tento me programar para estar presente em datas importantes".

Gabriela atua na área da aviação onde mulheres não tem tanta presença, de acordo com a Anac. Dados de 2015 somam 29 licenças de mulheres, contra 3.708 de homens.

Crislaine Paes, de 21 anos, sempre teve o sonho de trabalhar com aviões e está na aviação há 5 anos. -Quando eu tinha 16 anos, consegui emprego no laboratório de metrologia e calibração, como menor aprendiz. Depois, fiz o curso técnico de mecatrônica e surgiu a oportunidade de emprego na oficina de equipamentos de emergência, onde fui estagiária. Quando terminou seu curso, comecei a trabalhar na oficina de trem de pouso, que é um lugar que sempre tive curiosidade de trabalhar-, contou.

Crislaine, que trabalha no Centro de Manutenção da Latam, em São Carlos (SP), contou com o apoio da família para seguir na área.

"Sempre souberam que era isso que eu queria e eu sempre corri atrás. Mesmo que seja uma produção mais masculina do que feminina, eu queria entrar para me destacar, para falar que a mulher também pode e que faz as mesmas coisas que um homem-.

Em 2015, segundo a Anac, haviam 179 licenças de técnicas em manutenção de aeronaves. Já o número de licenças para homens somava 7.504.

As primeiras mulheres que ingressaram na Força Aérea Brasileira (FAB), em 1982, eram profissionais formadas em faculdades civis em áreas variadas, como medicina, nutrição, psicologia e jornalismo.

Em 2006, a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), formou as primeiras oficiais aviadoras. As militares podem chegar à patente de Tenente-Brigadeiro do Ar, a mais alta da carreira, e ainda assumir a função de Comandante.

As oficiais do sexo feminino atualmente, ocupam postos de Terceiro-Sargento a Coronel e atuam em áreas de aviação, manutenção, controle de tráfego aéreo, meteorologia, intendência, engenheira, administração, entre outras. Segundo a assessoria de imprensa da FAB, elas representam 17,27% do quadro de oficiais. No total são 11.323 mulheres, sendo 60 aviadoras.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as mulheres ainda estão presentes na aviação, em sua maioria, como comissárias de bordo, controle de tráfego aéreo, despachante de voo, entre outras.

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