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Desempregados tem sentimentos negativos que atingem sua saúde

Por Emerson Fernandes | Publicado em 21/03/2017 às 22h33 | Atualizado em 20/06/2017 às 14h08

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A pesquisa -Impactos do Desemprego: saúde, relacionamentos e estado emocional-, organizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), demonstrou que, além de haver problemas com a vida financeira, o desemprego traz também dificuldades para o estado físico e emocional das pessoas.

Conforme informado pelo estudo, 59% dos entrevistados se sentem deprimidos ou desanimados, 63% estão estressados ou nervosos e 62% dizem ter estado angustiados. Também foram indicados sentimentos de privação de consumo que apareciam anteriormente (75%), ansiedade (70%) e insegurança de não ser admitido em um novo emprego (68%).

Com menor taxa de citação entraram sentimentos de medo (57%), baixa autoestima (55%), perda de valor perante as pessoas (39%), vergonha diante de amigos ou parentes (37%) e culpa (26%).

Olhando por outro ângulo, 54% das pessoas dizem sentir esperança em relação à vida após perder o emprego e três em cada dez (30%) estão mais otimistas do que era antes e confiam que coisas boas irão acontecer.

Os entrevistados também afirmaram que desemprego refletiu em sua saúde, sendo que mais da metade (51%) teve alterações no sono, 45% relatam mudanças no apetite, 40% têm dores de cabeça ou enxaquecas frequentes, 29% tiveram alteração na pressão (principalmente aqueles com mais de 50 anos, 54%) e 16% disseram descontar a ansiedade em vícios como álcool, cigarro, comida entre outros.

Sobre os impactos em seus relacionamentos, o estudo aponta que seis em cada dez (59%) daqueles que perderam o emprego sentem menos vontade de sair, 27% ficam mais isolados das pessoas, 9% têm feito algum tipo de agressão verbal a pessoas próximas e 4% agrediram fisicamente algum parente ou amigo.

De acordo com Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, o profissional precisa ser realista de sua situação para evitar problemas financeiros maiores. -É importante que o desempregado mantenha a mente aberta para propostas diferentes das que ele esteja esperando, seja em termos de salário ou função. Nessa hora, trabalhos alternativos podem servir de fonte de renda temporária-, diz.

Foram entrevistados pessoalmente 600 brasileiros desempregados acima de 18 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais nas 27 capitais. A margem de erro geral é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.

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