O novo concurso Senado está demorando para ser publicado e por isso, o presidente da comissão examinadora da seleção, Roberci Ribeiro, resolveu esclarecer alguns dos motivos para os atrasos. Na última segunda-feira, 27, o presidente publicou uma Nota afirmando que o documento deve passar por ajustes nos modelos utilizados até então. O edital deve ser adequado as regras vigentes na legislação, incluindo as regras de acessibilidade e de inclusão social.
De acordo com Kleber Minatogau, vice-presidente da comissão, o documento deve ser concluído até março. Tanto o projeto básico como o edital de abertura devem mostrar regras claras sobre a implantação de políticas públicas de cotas.
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O presidente da comissão informou que o concurso será o mais inclusivo e participativo possível, que assegure um conjunto de tecnologias que são necessárias para o atendimento especial. Os procedimentos para identificação de pessoas negras, pardas ou com deficiências físicas estão em estudos e de acordo com Ribeiro, tais medidas serve para evitar possíveis fraudes.
Os candidatos autodeclarados como negros devem mostrar a veracidade de sua declaração. O concurso Senado informou outra inovação em sua seleção, que é submeter os critérios de recrutamento e seleção às secretarias onde os aprovados serão lotados.
Os conteúdos programáticos estão sendo reformulados, dando prioridade as matérias mais recorrentes na atuação profissional. A criação do hotsite do concurso na internet pela a Secretaria de Transparência do Senado foi elogiada pelo presidente da comissão, pois, segundo ele, a iniciativa traz dados importantes para futuros candidatos e também para o trabalho desenvolvido na Casa.
A comissão examinadora do concurso está trabalho nos trâmites para a contratação da banca organizadora. São vários os motivos pelos quais o edital encontra-se em atraso. O último concurso realizado pelo Senado aconteceu em 2012, onde foi reproduzido quase na íntegra o concurso anterior, realizado em 2008. Com isso, a comissão informou que será necessária a realização de uma serie de adaptações aos modelos até então adotados para que eles sejam adequados a nova legislação.
Com intenção de coletar dados técnicos e compor o projeto básico do concurso, a comissão examinadora do concurso Senado realizou uma audiência pública com diferentes bancas organizadoras. Logo após a aprovação do projeto básico, as organizadoras serão contatadas para envio de propostas.
A expectativa da comissão é que a banca organizadora seja definida ainda no primeiro semestre e a aplicação das provas devem acontecer em todas as capitais brasileiras, bem como informou a comissão do concurso. O concurso senado tem autorização para ofertar 40 novas vagas, sendo 24 chances são para técnico legislativo na especialidade de policial legislativo, com salário de R$19.573,46. Para concorrer a uma das vagas é necessário possuir nível médio completo e os aprovados serão lotados em Brasília.
Serão ofertadas quatro vagas para o cargo de advogado, de nível superior em Direito. Os aprovados receberão salário de R$33.003,05. Outras 12 vagas para analista legislativo, em várias especialidades serão ofertadas. As oportunidades são nas áreas de Contabilidade (uma), Enfermagem (uma), Administração (duas), Arquivologia (uma) e Assistência Social (uma). Para concorrer a uma delas é necessário possuir nível superior na área.
Também serão ofertadas oportunidades para as áreas de: Processo Legislativo (uma), Registro e Redação Parlamentar (uma), Engenharia Eletrônica, Telecomunicações (uma), Informática Legislativa (uma) e Engenharia do Trabalho (uma). Os aprovados receberão salário de até R$25.764,85.
Os aprovados terão direito ainda aos benefícios de auxílio-alimentação de R$982,28,00 assistência pré-escolar, exames periódicos e capacitações de R$831,95,00, assistência médica e odontológica de R$676,00 e auxílio-transporte de R$147,83. Os servidores do Senado Federal ainda têm direito a gratificações, dependendo do cargo.