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Representante dos analistas não crê em devolução do pedido

O cargo de analista-tributário exige formação superior em qualquer área e a remuneração inicial é R$10.623,92.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 24/06/2016 às 16h04

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Assim como os representantes dos servidores administrativos, a presidente do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal (Sindireceita), Sílvia Felismino, também avaliou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não teria encaminhado ao Ministério do Planejamento o pedido de concursos para o seu ministério e órgãos vinculados se não tivesse certeza da possibilidade e necessidade de sua realização.

E embora o Planejamento tenha informado que os pedidos de concurso feitos ao órgão serão devolvidos (tendo em vista a suspensão dos concursos até o ano que vem), a sindicalista disse que não acredita que isso será feito sem uma análise de cada caso. “O pedido tendo sido feito pelo ministro Meirelles vai fazer o Planejamento ter um olhar mais atento sobre a questão”, afirmou.

O ministro Henrique Meirelles foi o escolhido pelo presidente interino Michel Temer para conduzir a economia e tirar o país da grave crise que se arrasta há meses. E uma das formas de recuperar a instabilidade econômica seria investir no órgão responsável pela arrecadação federal. “Se tem um órgão que precisa de um olhar cauteloso nesse momento é a Receita Federal”, ressaltou a presidente do Sindireceita.

Sílvia lembrou que o órgão é responsável por atividades essenciais nesse momento como o combate à sonegação de impostos e a análise de processos que evitem a perda de recursos do Tesouro Nacional, além de outras, como o controle das fronteiras, com reflexo inclusive na segurança pública. “O país precisa disso. São questões vitais. Portanto, a contratações de servidores para a Receita tem que ser vista como um investimento”, destacou. Com relação às fronteiras, a falta de pessoal já foi destacada inclusive pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Ao encaminhar o pedido de concurso ao Planejamento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, limitou a demanda às necessidades mais urgentes dos respectivos cargos. Embora seja considerado um facilitador para a conquista da permissão para a abertura de concurso, a presidente do Sindireceita avaliou que no caso de analista-tributário a necessidade foi subdimensionada. Foram solicitadas 600 vagas para o cargo, quando o pedido inicialmente feito pela Receita foi de 2.500. Sílvia Felismino acredita que tão logo haja uma pequena melhora na situação político-econômica do país o concurso poderá ser realizado.

Além de analista-tributário (com requisito de formação superior em qualquer área e remuneração inicial de R$10.623,92), o pedido de concurso do Ministério da Fazenda abrange ainda 400 vagas de auditor-fiscal (superior; R$18.754,20), 787 de assistente técnico-administrativo (médio; R$3.756,82), 60 de analista técnico-administrativo (superior; R$4.969,02), entre outros, incluindo cargos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

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