A Coordenadoria de Gestão de Pessoas da Receita Federal confirmou o enviou de pedido de um novo concurso com 3.360 vagas ao Ministério da Economia. A confirmação do pedido aconteceu por meio de resposta à reportagem no Sistema de Informação ao Cidadão (SIC) do Governo Federal.
Segundo o documento, o concurso irá ofertar vagas para as áreas tributária, aduaneira e administrativa. Para a carreira tributária e aduaneira serão ofertadas 550 vagas de auditor-fiscal, com salário de R$21.487,09 e 1.500 vagas de analista-tributário, com salário de R$12.142,39.
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O pedido de concurso para a área administrativa, de nível superior é para quatro vagas de arquiteto, com salário de R$6.700,41, 16 vagas para engenheiro, com salário de salário de R$6.700,41, 20 vagas de contador, além de 270 vagas de analista técnico administrativo de nível médio.
O prazo para os órgãos federais enviem seus pedidos de concurso ao Ministério da Economia foi até o dia 31 de maio. No momento, os pedidos passam por analise, sob responsabilidade da Economia. O aval para a realização do concurso depende das condições orçamentárias e do planejamento e deve ser publicado a qualquer momento.
Depois de concedido, o aval será publicado Diário Oficial da União, com assinatura do ministro Paulo Guedes.
Devido ao grande déficit da Receita, a realização de um novo concurso é visto como prioridade. O órgão está há seis anos sem realizar novos concursos. A última seleção ofertou 278 vagas para auditor-fiscal. De acordo com o último levantamento realizado em janeiro deste ano, a Receita Federal possui atualmente mais de 21 mil cargos vagos.
Segundo a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), o órgão perdeu mais de terço do quadro funcional especializado em uma década.
De acordo com as informações da Coordenação de Gestão de Pessoas da Receita Federal, do total de cargos vagos, 11.325 são de auditores fiscais e 10.416 analistas.
Com esse déficit, a Receita Federal tem dificuldades de realizar muitas de suas atividades, tais como: fiscalizar e coibir a sonegação fiscal, fiscalizar e coibir o contrabando, fiscalizar e coibir o descaminho, fiscalizar e coibir a lavagem de dinheiro e exercer a administração tributária e aduaneira.
Ao contrário da fiscalização número de empresas no Brasil não para de crescer e segundo os dados oficiais da RFB, houve um aumento de 17,4% (1.545.242) no quantitativo de empresas abertas no primeiro semestre do ano. Esse número é bem maior que o ano de 2918, quando foram abertas 1.315.151 novas empresas. O órgão informou que o déficit de servidores afeta de forma direta nas funções do estado e consequentemente a população.