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PF quer abrir novo concurso ainda neste semestre

Somente nas fronteiras, seriam necessários, no mínimo, cerca de 1.500 novos policiais.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 11/01/2016 às 08h57

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A Polícia Federal (PF) tem planos de realizar novas seleções e com a pretensão de convocar concursos para cargos policiais desde o fim de 2014.

A entidade pretende incrementar o efetivo de policiais e servidores administrativos, o que, no caso da primeira carreira, depende necessariamente da realização de novos concursos. E há uma boa notícia isso porque o processo da solicitação encaminhada ao Ministério do Planejamento no ano passado, visando à autorização de 558 vagas, sendo 491 de delegado e 67 de perito, já foi reaberto e assim aumentam as chances de a seleção ser realizada este ano.

Até o momento a PF tem dificuldades financeiras do governo federal, já que ainda precisa que o Planejamento confirme a existência de verba para o preenchimento das vagas a serem oferecidas. Já o coordenador de Recursos Humanos do departamento, delegado Delano Bunn, acredita que a nova condição deixa o órgão em vantagem com relação aos que ainda dependem de autorização política do Planejamento. “Os órgãos que estão no parágrafo primeiro do Artigo 10 do Decreto 6.944/09 estão em uma situação melhor do que os demais, porque os seus próprios dirigentes máximos autorizam os concursos públicos”, afirmou.

O processo referente ao concurso para delegado e perito havia sido devolvido ao Ministério da Justiça em dezembro por não ter sido incluído no Orçamento de 2016, que deverá ser sancionado até o próximo dia 14 pela presidente Dilma Rousseff.

A reabertura do processo se deu para que a solicitação seja analisada no âmbito da proposta orçamentária de 2017, o que não impede a realização do concurso este ano. Desde a reabertura, o processo já tramitou no Planejamento nos últimos dias 29, em diferentes setores, e 5. Com a validade do último concurso para agente expirando no fim de fevereiro, o departamento também poderá encaminhar pedido com vistas à realização de nova seleção para o cargo, que é aquele que atrai mais concurseiros interessados em se tornar policias federais.

Nos últimos seis a sete anos, quatro mil policiais deixaram a Polícia Federal, seja por aposentadoria ou por outros motivos, sem que tenham sido feitas as devidas reposições. Somente nas fronteiras, seriam necessários, no mínimo, cerca de 1.500 novos policiais. E ainda o baixo efetivo leva à sobrecarga dos atuais policiais.

Já a PF informou que há vários anos tem priorizado a distribuição de novos policiais para as unidades descentralizadas, em especial as de fronteira, citando como exemplo dessa política, que os 600 agentes aprovados no último concurso serão lotados, prioritariamente, em regiões de fronteira.

Os cargos de agente, escrivão e papiloscopista são abertos a quem possui o ensino superior completo em qualquer área e proporcionam, além da estabilidade (típica da contratação pelo regime estatutário praticada pela PF), remuneração inicial de R$ 7.887,33. Para o cargo de delegado, é exigido o bacharelado em Direito, além de três anos de experiência em atividade jurídica ou policial.

Os certames da PF são tradicionalmente realizados pelo Cespe/UnB, com as avaliações sendo aplicadas em todas as capitais. As seleções compreendem provas objetivas e discursivas, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova prática de digitação (apenas escrivão), avaliação de títulos, prova oral (apenas delegado) e curso de formação profissional.

O novo presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Miguel Sobral, afirmou que o departamento aguarda apenas a disponibilização de recursos orçamentários para promover a contratação de 5 mil servidores administrativos.

Lembrando que último concurso realizado pela PF, foi em 2013. A seleção foi aberta inicialmente para 566 vagas, sendo 534 apenas para agente administrativo, de nível médio. A vigência do concurso ainda poderá ser estendida, a critério da PF, até junho de 2018.

O sindicato dos servidores administrativos (SinpecPF) chegou a propor a criação de 3 mil vagas, sendo 2 mil para nível médio e mil para nível superior. A proposição, porém, não foi aprovada até o momento. Atualmente, a remuneração inicial dos agentes administrativos da PF é de R$ 4.185,77, incluindo o auxílio-alimentação, de R$373. A partir de agosto deste ano, o valor salta para R$ 4.480,47, em função do acordo assinado entre o SinpecPF e o Ministério do Planejamento no último dia 29. Fique atento a outras notícias.

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