Rodrigo Lélis, presidente da Associação dos Servidores Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (Asproerj) concedeu uma entrevista na última quarta-feira (05). O presidente falou sobre a necessidade de realização de um novo concurso para o órgão e da possibilidade de publicação de um novo edital. De acordo com Lélis, existe uma grande necessidade de pessoal Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro e em todos os cargos.
Os cargos que apresentam maior déficit são os de analistas nas áreas de Tecnologia da Informação e Contabilidade. De acordo com a Lélis, existe um grande número de servidores extra-quadro atuando na Procuradoria atualmente e que seria impossível para a PGE-RJ funcionar sem esses profissionais.
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Mas, é inegável a necessidade de realização de um novo concurso para regularização do quadro de servidores. De acordo com o presidente, além da Asproerj, a própria procuradoria já demonstrou a intenção de realizar a seleção e se não fosse a pandemia causada pelo novo Coronavírus, o concurso já teria sido realizado.
Um fator que é um diferencial na realização de concursos, é que os profissionais contratados por meio de seleções já entram em seus cargos com mais conhecimento técnico para realizar suas funções, o que falicita e agiliza o trabalho no órgão. O presidente Rodrigo Lélis comentou que, do ano que vem não passa, não tem como ficar mais um ano sem concurso.
De acordo com as regras do Regime de Recuperação Fiscal no Rio de Janeiro, o estado só poderá realizar seleções para suprir vagas que tenham ocorrido após este período. O presidente não soube precisar quantos cargos ficaram vagos após início do prazo do RRF, em setembro de 2017. Lélis informou ainda que existem mais vagas em aberto do que as 13 anunciadas anteriormente.
Existe ainda um grande número de servidores da Procuradoria que estão próximo de chegar ao tempo de se aposentar e muitos deles desejam se aposentar principalmente por causa da Reforma Administrativa. Com isso, mesmo que o número de vagas imediatas seja de 13 vagas, é possível que a PGE convoque outros aprovados durante o prazo de validade do concurso.
O estado do Rio de Janeiro começa a retomar suas atividades gradualmente, com isso, deve ser realizada uma avaliação da situação do estado no pós-pandemia para que seja retomado o concurso PGE RJ. É importante lembrar que ainda existe o processo de impeachment do governador Wilson Witzel, que passa por análise na Alerj e que deve ser levado em consideração. A banca organizadora ainda não foi definida, porém, de acordo com Lélis, a as empresas mais cotadas são a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Cebraspe.
O último edital de concurso PGE RJ foi publicado em 2009 e considerando o tempo que já passou, é bem possível que sejam feitas alterações no programa da seleção.
O salário de um técnico é de R$5.150,00 e de um analista é de R$6.990,00, já inclusos os auxílios alimentação e refeição, no valor de R$1.290,00. Os profissionais poderão receber ainda um adicional de qualificação, caso tenha especialização, mestrado ou doutorado.
Os profissionais serão contratados em regime estatutário, que garante a estabilidade empregatícia dos servidores. De acordo com Lélis, em todas as regionais (13 no total), o órgão possui uma boa estrutura e localização. As atividades são mantidas em um único prédio, o que facilita as atividades.
A seleção deve ofertar vagas gerais com a lotação definida pela própria PGE RJ. Os profissionais poderão solicitar a remoção para outra localidade, mas para isso, será necessário que haja outra vaga ou mesmo, que aconteça uma troca de profissionais de duas regionais. Mesmo com os ataques, retiradas de direitos e reformas, Rodrigo Lélis, que é analista processual na PGE RJ, garante que vale muito apena trabalhar no órgão, pois, ambiente de trabalho na procuradoria é agradável e possui uma relação amistosa entre a gestão e os servidores.