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Sinait se prepupa com suspensão de certame e faz alerta

Pedido para solicitação de concurso encontra-se no Ministério do Planejamento.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 23/09/2015 às 11h46

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Foi divulgada uma carta no dia 18 de setembro de 2015 pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait) falando sobre as medidas anunciadas pelo governo que afetam o funcionalismo público, entre elas a suspensão dos concursos públicos.

Na carta consta o seguinte: "(Elas) penalizam o conjunto dos trabalhadores, dentre os quais os auditores-fiscais do trabalho, cuja atividade promove cidadania, assegura a dignidade da pessoa humana e reafirma o valor social do trabalho, pilares da Constituição de 1988". Lembrando que o órgão tem um pedido de análise de concurso junto ao Ministério do Planejamento, com a autorização tendo sido inclusive anunciada informalmente pelo ministro do Trabalho, Manoel Dias.

Já a presidente do Sinat, Rosa Jorge disse que não sabe como vai ficar a situação do concurso de auditor do trabalho, onde foram solicitadas 847 vagas. "Pediram para aguardarmos", disse ela. O cargo de auditor-fiscal do trabalho é aberto a quem possui o ensino superior completo em qualquer área. A remuneração é de R$ 16.116,64, incluindo auxílio-alimentação, R$373.

Na carta ainda consta que com a elevação da carga tributária, com a volta da CPMF, por exemplo, se poderia evitar a ampliação do combate à sonegação decorrente da falta da carteira de trabalho assinada de 30,8% dos empregados brasileiros, o que resulta em uma evasão da ordem de R$79,3 bilhões por ano para os cofres previdenciários.

No documento ainda consta o exemplo de 700 mil acidentes de trabalho, 14,6 mil casos de invalidez permanente e 2,8 mil mortes de trabalhadores que ocorrem todos os anos. "Infortúnios esses que afetam a dignidade do trabalhador, reduzem a força de trabalho e representam um custo imoral estimado em R$70 bilhões anuais para o país."

E ainda foi esclarecido o seguinte sobre os melhores resultados e a ampliação do quadro de auditores fiscais do trabalho para cobrar débitos já existentes ao invés de aumentar ainda mais a carga tributária:"Cada auditor-fiscal do trabalho corresponde a um investimento máximo de apenas R$ 0,001/habitante/ano e, além disso, somente a arrecadação do FGTS, realizada diretamente por esses servidores em 2014, corresponde a cinco anos de toda a sua folha de pagamento anual". O o déficit atual é de mais de 5 mil servidores.

Outro relato importante na carta de João Pessoa diz o seguinte: "Em relação ao FGTS, estudos demonstram que, se não lhes forem asseguradas condições operacionais, em 2019 prescreverão pelo menos R$ 16,6 bilhões, referentes a uma parte da inadimplência do fundo. Mantidas as atuais condições da auditoria-fiscal, essa dívida levará 16 anos e 03 meses para ser fiscalizada, o que a conduzirá ao ralo da prescrição e será mais um escândalo vergonhoso para o Brasil”, sobre o prejuízo de não realização de concurso.

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