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Sem concurso, instituto sofre com escassez de pessoal

O pedido é para 7.580 vagas, sendo 3.941 de técnico do seguro social (nível médio e ganhos de R$5.344,87), 1.493 de analista e 2.146 de perito médico.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 21/02/2018 às 08h44 | Atualizado em 01/03/2018 às 09h37

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Sem a abertura do Processo de Seleção 2018 e a convocação pública dos que estão excedentes no Concurso Público de 2015, o Instituto Nacional do Seguro Social não pode prosseguir com o Projeto de Expansão das Agências da Previdência.

O aviso é do presidente do INSS, Francisco Lopes, que divulgou em entrevista à TV Anasps na última data (2). O titular do Instituto concerne-se com a ausência de servidores.

"Existe um projeto para abrir novas agências do INSS. Este está suspenso por falta de servidores. A ideia é inaugurar somente as agências que estão prontas", divulgou, revelando que um dos principais desafios da sua gestão será a grave necessidade de pessoal.

"A falta de servidores é um deles (desafios), mas este não é um problema exclusivo do INSS. O serviço público como um todo está passando hoje por um problema de falta de pessoal. Não é que haja poucas pessoas. É que muitas estão prontas para se aposentar. E na saída da força de trabalho, está muito difícil de colocar uma nova. Temos então que colocar a tecnologia para suprir esse vácuo que vai acontecer nos próximos dez anos", relatou.

As declarações realizadas pelo presidente são reforçadas com os dados mencionados pelo INSS em nota técnica ao Planejamento, que justifica o aval autorizativo do Processo de Seleção. Conforme o Instituto, quase 5 mil funcionários já possuem condições de aposentadorias, sendo 4.600 técnicos. Em 2017, o INSS foi o segundo órgão com mais aposentados nas atividades públicas. No geral, cerca de 1.800 saídas ocorreram. Foram admitidos, porém, somente 950 profissionais.

Apesar das déficits, o presidente do INSS relatou que o objetivo da sua gestão será o cidadão. Sobre o aval de Processo de Seleção, Lopes negocia com o Planejamento. O INSS almeja a convocação pública de pessoal aprovado no seletivo de 2015 e de novo certame. A pasta, por sua vez, promove a avaliação dos pedidos e já manifesta que reservará o orçamento de novos certames para órgãos estratégicos do governo, levando em consideração as prioridades reveladas.

"Acredito que a falta de orçamento é um ponto sensível, mas temos que fazer o melhor com o que temos. O foco da minha gestão é no cidadão. Nós trabalhamos para o cidadão. Precisamos dar o atendimento melhor a quem vai procurar o INSS no 135 (Central de Atendimento) e na APS (agência da Previdência). Esse é o nosso foco. Fazer com que o cidadão fique menos insatisfeito do que está hoje", reforçou.

O presidente já havia relatado que sem abrir novo Processo de Seleção e convocação de pessoal já aprovado, teme que o atendimento dos segurados fique prejudicado. O que pode mudar essa realidade do INSS é que, de acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, este ano os Processos de Seleção ocorrerão novamente. Enquanto não há aval autorizativo, entretanto, os segurados seguem sofrendo com atendimentos e procedimentos lentos.

O INSS enviou pedido ao Ministério do Planejamento para 16.548 oportunidades, das quais, no mínimo, 7.580 são para o Processo de Seleção INSS 2018.

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