Apesar da crise de análise de benefícios e dos mais de 20 mil cargos vagos no INSS, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Leonardo Rolim, nomeado na última quarta-feira, 29, avaliou que não há necessidade de realização de um novo concurso para o órgão. De acordo com as informações do jornal O Globo, Rolim afirma ter feito a avaliação antes de assumir a direção do INSS, quando ainda era secretário de Previdência do Ministério da Economia.
De acordo com ele, será necessária uma mudança no perfil dos serviços. Essa avaliação ainda não foi confirmada pela secretaria de Previdência Social. De acordo com a Rolim a crise no INSS foi gerada pela falta de digitalização do atendimento, o que acarretou os pedidos de novos benefícios. Segundo Rogério Marinho, secretário especial de Previdência e Trabalho, a substituição de Renato Vieira na presidência do INSS por Rolim, se dá em caráter provisório, será apenas durante o período em que o governo defina o nome definitivo para presidir o INSS.
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Mesmo com a opinião do novo presidente, o INSS possui mais de 20 cargos vagos e mesmo que ocorra a digitalização dos processos, seriam necessários cerca de 13,5 mil novos servidores. Essa avaliação foi feita pelo próprio ex-presidente, Renato Vieira, em junho do ano passado.
O quantitativo mencionado é o mesmo apontado por uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU). O Ministério Público Federal (MPF) também identificou em maio, a necessidade de contratação de mais de 10 mil técnicos e analistas. O INSS enviou em 2018 um pedido de concurso ao Governo, onde foi solicitado o preenchimento de mais de 10 mil cargos vagos.
Desse total, 2.580 seriam excedentes do concurso anterior, mas a validade do edital venceu antes que a autorização fosse liberada. Outro requerimento que segue sem aval do Ministério da Economia é o que se refere as mais de 7.888 vagas para abertura de um novo concurso do INSS, sendo 2.212 para médicos peritos, 3.984 para o cargo de técnico e 1.692 para analista.