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Órgão cobra próximo Presidente para autorizar concurso

A solicitação é para 1.800 vagas, distribuídas entre os cargos de técnico (nível médio e ganhos de R$3.890,87) e analista (nível superior e remuneração de R$8.213,07).

Por Emerson Fernandes | Publicado em 08/10/2018 às 17h23 | Atualizado em 18/10/2018 às 20h54

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Mesmo antes da conclusão das eleições 2018, servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicaram uma carta destinada ao próximo Presidente da República. No documento, divulgado pela Assibge é abordada a questão da falta de servidores efetivos e o elevado índice de funcionários temporários.

A publicação solicita ao candidato que vencer a Presidência e se tornar o próximo chefe de Estado um compromisso claro com o IBGE e com os serviços públicos, incluindo a realização de novo concurso IBGE. A carta ainda revela que mais de 50% da força de trabalho atual do órgão constitui-se de trabalhadores temporários envolvidos nas pesquisas contínuas do órgão.

O sindicato nacional já declarou que reprova a prática de usar funcionários temporários em projetos de pesquisas contínuas, sendo reservado o uso destes servidores apenas para levantamentos esporádicos, como os censos.

O número de temporários em atuação no IBGE chega a 6 mil. Em contrapartida, 5 mil vagas para efetivos estão abertas e não são preenchidas. O órgão, utilizando treinamento em temporários que possuem contrato com duração de no máximo três anos, acaba desperdiçando recursos.

A carta se opõe a precarização do trabalho por meio do uso indevido dos temporários ou demais práticas e ainda pede que seja revogada a Emenda Constitucional 95, que limita os gastos públicos por 20 anos, impondo, segundo a publicação, uma "situação insustentável aos serviços e aos servidores públicos".

É mencionado, por fim, no documento, que ainda não ouve um aval do Ministério do Planejamento para a 1.800 vagas pedidas pelo IBGE para serem ofertadas por meio de concurso. A análise é que, mesmo com preenchimento dessas vagas, o déficit ainda não seria suprido. O decreto que aprova a Terceirização em órgãos públicos também é criticado, bem como a Reformas Trabalhista e da Previdência.

Ainda tramitando no Planejamento, o pedido de concurso com 1.800 vagas ofereceria oportunidades para técnico (1.200 vagas) e analista (600). A solicitação foi registrada em agosto, na Divisão de Concursos Públicos.

Para a função de técnico, que requer nível médio, a remuneração oferecida é de R$3.890,87. Já para o cargo de analista, que exige nível superior, os encargos ficam em R$8.213,07.

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