Previsto para ser publicado na segunda-feira (29), o segundo edital do concurso do concurso IBGE destinado ao Censo Demográfico 2021 poderá não ser divulgado em 2021. Estava prevista uma oferta de 312 vagas temporárias para cargos de níveis médio e superior.
No nível médio, seriam ofertadas 180 vagas para o cargo de Agente censitário de pesquisas por telefone, que exige nível médio completo, com salário de R$998,00. Ainda no nível médio, seriam ofertadas 120 oportunidades para Codificador censitário, com salário a definir. Já para o nível superior, seriam 12 vagas para o cargo de Supervisor censitário de pesquisas e codificação, com salário de R$4.200,00.
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O Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), organizador da seleção informou na segunda-feira (29), que apenas recebeu uma informação, na sexta, 26, de que o edital seria mais publicado nessa semana, assim como previsto. A banca não informou o motivo da suspensão da publicação do edital e nem falou sobre uma nova data para a publicação do documento.
A banca informou ainda que as provas estavam previstas para o dia 23 de maio, no Rio de Janeiro e seriam aplicadas no local onde os profissionais seriam alocados. Os aprovados iriam atuar na fase final do Censo Demográfico 2021.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ainda não informou qual o motivo da suspensão do novo concurso IBGE, com 312 vagas, mas tudo indica que a razão é o corte no orçamento para a realização do Censo Demográfico 2021.
O Congresso Nacional aprovou uma proposta orçamentaria na última quinta-feira (25), que reduziu de R$2 bilhões para R$71 milhões os recursos previstos para o Censo Demográfico de 2021. A redução prevista para Orçamento previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) encaminhado, em agosto de 2020, ao Congresso Nacional é de quase 90% e isso pode impedir a realização do Censo de 2021.
O Instituto informou em nota na última sexta-feira (26), que diante do cenário, o IBGE solicitará orientações ao Ministério da Economia em relação a operação censitária que, de acordo com a lei 8.184/1991, tem que ser realizada a cada dez anos.
De acordo com a categoria ligada ao IBGE, o Brasil pode sofrer um apagão estatístico em meio a uma pandemia se a pesquisa não for realizada, o que pode minar políticas públicas para os próximos anos, pois, a defasagem do Censo já dura 11 anos. A presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, que foi escolhida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes em fevereiro de 2019, pediu exoneração do cargo alegando motivos pessoais e de família, na última sexta-feira (26).