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Sindicato condena suspensões de concursos

A seleção será para carteiro (salário de R$3.164,46) e operador de triagem e transbordo (R$2.627.96), funções de nível médio.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 31/08/2017 às 17h03 | Atualizado em 06/09/2017 às 09h18

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A Federação Nacional dos Trabalhdores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) mostrou-se descontente com a declaração do presidente dos Correios, Guilherme Campos, de que a instituição não pretende realizar concursos no curto prazo e que o foco agora está em modernizar a empresa. José Rivaldo da Silva, secretário da Fentect, afirmou que essa decisão é parte de uma "operação de desmonte" dos Correios.

Apesar de Guilherme Campos afirmar que não há perspectiva de privatização da ECT, José Rivaldo não mostrou-se convencido. "A gente tem dificuldades hoje em vários estados, de demanda, de entrega. Existe um processo da administração central capitaneado pelo presidente da empresa, de precarizar o serviço, de não atender em dia, para justificar uma possível privatização", declarou.

Ele ainda ressaltou que o quadro de pessoal de 108 mil servidores é insuficiente e já era defasado mesmo quando ainda tinha 20 mil servidores a mais, há alguns anos. "De lá para cá, saíram 20 mil e não se contratou mais ninguém", reclamou. O presidente dos Correios já havia afirmado que a renovação do quadro será necessária "em algum momento".

Os Correios não realizam uma nova seleção desde 2011. Em 2015, um concurso chegou a ser anunciado mas foi suspenso por conta de falta de verba do governo. A intenção era preencher 2 mil vagas, quase todas de carteiro. Campos argumentou um enfraquecimento da atividade postal para justificar um quadro de pessoal menor, mas José Rivaldo rebateu com a relevância do serviço. "Apesar do advento do email, da evolução dos bancos, das empresas telefônicas, as pessoas ainda preferem receber em casa a sua fatura", disse.

Mesmo o concurso para a área de segurança e medicina do trabalho pode não sair do papel, conforme revelou Campos, mas a ECT avalia a contratação de terceirizados para as posições que seriam preenchidas com a seleção. A Fentect posicionou-se contra a terceirização, conforme afirmou José Rivaldo. "A gente defende que a empresa tenha concurso público. E vamos reafirmar isso. Vamos aproveitar a negociação do acordo coletivo para deixar isso claro".

Ele afirmou que as negociações devem se estender por setembro, incluindo discussões sobre o plano de saúde dos servidores. "Vamos esclarecer todos os problemas aos trabalhadores e se não tivermos êxito, a tendência é ter uma grande greve dos Correios no país", revelou.

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