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Certame para 2 mil vagas é suspenso

Notícia publicada sobre a suspensão gera crítica em relação a estatal.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 13/10/2015 às 09h14

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Uma triste notícia aos candidatos que estavam esperando ansiosos para o concurso público para os Correios. Anunciado esta semana pelo estatal, a suspensão temporária do concurso para cerca de 2 mil vagas de carteiro e operador de triagem e transbordo (cargos de nível médio), que seria aberto ainda em 2015.

De acordo com a nota divulgada pela Assessoria de Imprensa dos Correios, a suspensão do concurso foi para atender a uma determinação do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Nesta pasta consta que o Dest apenas orientou as estatais a não ampliarem seu efetivo de 2016.

Já o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) disse ainda que casos particulares serão analisado e destacou que não houve determinação específica para suspensão de nenhum concursos de estatais.
Mesmo que não seja explicito os motivos para esta suspensão temporária, tal decisão pode estar relacionada ao ajuste fiscal anunciado pelo governo federal, onde uma das medidas tomadas para conter a crise econômica do país era a de suspender os concursos para 2016.

Mas esta informação vai ao contrario do que o Ministério do Planejamento havia anunciado em meados de setembro, de que as empresas públicas e estatais não teriam seus concursos afetados pelo ajuste fiscal anunciado pelo governo federal.

De acordo com a nota divulgada, este cancelamento não afeta a qualidade e a eficiência operacional, uma vez que desde 2011 o efetivo da empresa foi aumentado em 13 mil novas vagas. Com isso, os Correios passaram de 107 mil trabalhadores em 2010 para os 120 mil atuais. Também não foi informada uma nova previsão para a realização do concurso e destacou que cabe ao Dest justificar a determinação de suspender o concurso.

Preparativos

Muitos candidatos já estavam se preparando para o certame do correio. Até a escolha da organizadora esta praticamente definida. Até chegou a ser publicado que o edital sairia final de agosto, mas isso não ocorreu. Lembrando que o presidente da estatal, Wagner Pinheiro, destacou a importância do concurso. “É um momento que precisamos de mais trabalhadores”, disse.

Foi até publicado nos veículos de comunicação uma parte parte do projeto de básico do concurso, que trazia o esboço do programa oficial e apontava que o Rio de Janeiro receberia 144 vagas de carteiro.
Conforme o edital não sair, a expectativa era que saísse após o fim da greve dos funcionários e a assinatura do acordo coletivo de trabalho com a categoria. Foram meses de negociações e a diretoria da estatal e os sindicatos das categorias chegaram a um acordo salarial.

Além de aumento linear de R$ 200 na forma de gratificação, o acordo estabelece reajuste de 9,56% nos benefícios remunerados. Com isso, os ganhos iniciais passam, a partir de janeiro do ano que vem, a ser de pelo menos R$ 2.885,37 para quem trabalha de segunda a sexta, e de R$ 3.017,42 para quem trabalha de segunda a sábado, no caso de carteiro. Para operador, os iniciais mínimos passam para R$ 2.348,87 (segunda a sexta) e R$ 3.017,42 (segunda a sábado). Esta remuneração poderia aumentar ainda mais a concorrência do certame.

Já estes valores foram calculados tendo como base as informações divulgadas pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e já incluem a Gratificação de Incentivo à Produção (GIP), o adicional de distribuição (apenas carteiro) e o vale-alimentação/refeição. De acordo com os Correios, os ganhos mensais ainda podem ser acrescidos de outros benefícios, tais como vale-transporte, auxílio-creche ou auxílio-babá e vale-cultura, além de outros adicionais (de acordo com o plano de cargos e salários) e a possibilidade de adesão ao plano de previdência complementar, assim como o custeio do plano médico e odontológico.

Criticas em relação à suspensão

Muitos candidatos que aguardavam o certame ficaram decepcionados como também houve crítica por parte dos especialistas e sindicalistas. O secretário-geral da Fentect, José Rivaldo afirmou seguinte: “A empresa está precisando contratar mais pessoas. Ela abriu uma programa de demissão incentivada. Saíram mais de milhares de pessoas, e a empresa precisa repor essa mão de obra”, afirmou.

E ainda se pronunciou sobre a qualidade de serviços que será afetada: “Não vai manter o mesmo padrão. Por mais que se tenham trabalhadores comprometidos com a empresa, isso vai sobrecarregar ainda mais o serviço”, e ainda disse: “A gente vai contestar isso, vai tentar abrir negociação com a empresa. Há necessidade de manter a qualidade do serviço dos Correios e isso passa pela contratação de pessoal”, afirmou.
Ano passado foi informado que em torno de 9 mil trabalhadores deixariam a estatal por meio do programa.

Estudos devem continuar

Quem estava se preparando para a seleção não pode interromper os estudos indicam os especialistas. Porque mais cedo ou mais tarde o certame vai sair, pois é visto a importância do quadro de funcionários da empresa que deve ter mais oferta.

Continuar com os estudos, manter um cronograma é importante. Embora a notícia seja triste, espera-se que em breve o edital saia.

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