Está oficializada a realização do Concurso Nacional Unificado (CNU) em 2025. De acordo com a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, haverá adaptações e melhorias fundamentadas nas experiências da primeira edição.
A estrutura de distribuição das vagas em blocos temáticos será preservada, mas uma das inovações será a emissão de um único edital abrangendo todos os blocos.
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Na edição inaugural do CNU, realizada em 2024, foram lançados oito editais distintos.
"Nosso objetivo é padronizar as diretrizes e tornar tudo mais compreensível", declarou Dweck em entrevistas à imprensa no último sábado, 29. A escolha da banca organizadora para o próximo Concurso Unificado está agendada para abril. Um termo de referência será criado, funcionando como um guia para o edital, que incluirá informações sobre vagas, cargos e etapas, e será enviado para as principais bancas do país.
A convocação pública não exclui a Fundação Cesgranrio, que organizou a primeira edição, e ela ainda poderá ser selecionada, mas competirá com outras instituições interessadas.
As provas estão previstas para ocorrer em setembro ou outubro, conforme a ministra.
MGI assegura a publicação de um único edital para o CNU 2025
A seguir, conheça outras alterações anunciadas por Esther Dweck e confirmadas pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) em comunicado.
Mudança no sistema de identificação Outra modificação significativa no CNU 2025 será a troca do sistema de "bolinhas" para o preenchimento dos cartões de resposta por um código de barras que identifica o candidato.
"Alguns participantes enfrentaram dificuldades com as bolinhas na edição anterior. Com o código de barras, cada prova será automaticamente vinculada ao candidato, eliminando o risco de confusão", explicou a ministra. Segundo o MGI, cada caderno de questões terá um código único que identificará o candidato sem divulgar suas informações pessoais aos corretores.
"Não será o nome ou o número de inscrição, mas a máquina poderá ler e assegurar que aquela prova pertence àquela pessoa", detalhou Esther Dweck. Essa abordagem será especialmente útil nos blocos com questões embaralhadas, onde diferentes versões da prova são aplicadas na mesma sala. A expectativa é que essa tecnologia, já utilizada em outros concursos, também acelere a correção e a divulgação dos resultados.
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Vagas e carreiras A segunda edição do CNU também incluirá carreiras distintas das que foram oferecidas no edital de 2024.
Conforme Esther Dweck, duas novas carreiras transversais estarão presentes no Concurso Unificado deste ano:
- Analista Técnico de Justiça e Defesa; e
- Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico.
O total de vagas e a lista de órgãos participantes ainda estão em definição.
A ministra antecipou que o número de órgãos participantes será reduzido, mas justificável para uma seleção unificada.
"Buscamos vagas menores, mas que sejam recorrentes, para manter o serviço público dinâmico", concluiu. Na edição de 2024, mais de 20 órgãos, autarquias e entidades do Poder Executivo Federal participaram do Concurso Nacional Unificado.
Provas em mais de um dia? O MGI está avaliando a possibilidade de realizar as provas em dois dias na edição deste ano do Concurso Unificado.
Segundo a ministra, a logística de um único dia de provas foi o "mais desafiador". Por isso, é viável que o CNU 2025 tenha provas em dois dias, semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"No Acre, vocês lembrarão que todos iniciaram ao mesmo tempo, muito cedo, e algumas pessoas tiveram que chegar às 5h para a prova. Portanto, do ponto de vista logístico, estamos considerando a possibilidade de dois dias", comentou.
Possibilidade de uma prova extra O CNU 2025 também terá a opção de uma prova extraordinária, como ocorreu na primeira edição, após o adiamento dos exames devido a chuvas no Rio Grande do Sul.
A ministra informou que, caso 0,50% dos inscritos sejam impactados por condições adversas, um exame extra será realizado para esse grupo, além de vagas adicionais. "Reservaríamos vagas para esse grupo", explicou.
Com essa alternativa, segundo a ministra, a igualdade na seleção não se dará pela questão, mas pela concorrência pelas vagas, que terão a mesma base curricular.
O primeiro CNU focou em um desafio persistente no Poder Executivo Federal: a subrepresentação de mulheres em carreiras estratégicas.
Embora as mulheres tenham representado 52% dos inscritos, apenas 41% dos aprovados eram do sexo feminino ? um percentual que caiu para apenas 8% em áreas como Tecnologia da Informação.
"Quando analisamos os blocos separadamente, notamos uma distorção alarmante. Enquanto nas carreiras sociais e educacionais as mulheres representam 60% dos aprovados, em TI esse número despenca. Isso reflete um problema estrutural que começa nas escolhas profissionais e se perpetua nos concursos", destacou a ministra da Gestão.
Como resposta, o governo está considerando medidas inspiradas em experiências como a do Ministério das Relações Exteriores, que implementou um sistema de bonificação para mulheres nas fases iniciais de seu último concurso.
"Não se trata de reserva de vagas, mas de mecanismos que compensem desvantagens sociais", esclareceu a ministra. Outra estratégia será incentivar a participação feminina em áreas tradicionalmente masculinas, como Tecnologia e Infraestrutura, por meio de programas de mentoria.
Para o CNU 2025, está prevista uma campanha específica voltada às candidatas, com a divulgação de histórias de servidoras de sucesso.
Os aspectos positivos da primeira edição do CNU devem ser preservados na edição de 2025.
A ministra revelou que o governo está buscando manter as taxas de inscrição e os locais de prova.
Na primeira edição do CNU, as taxas foram de R$60 para cargos de nível médio e R$90 para os de nível superior.
"Nossa expectativa é manter o valor das inscrições, pois consideramos que foi um valor justo que atraiu muitas pessoas. Sabemos que existem isenções, mas quem está acima da isenção muitas vezes não possui renda muito maior do que quem está dentro da isenção. Portanto, acreditamos que ter uma taxa de inscrição abaixo da média foi um fator importante", afirmou a ministra ao portal Metrópoles. Quanto aos locais de prova, o concurso unificado foi realizado em 228 municípios, o que não deverá mudar para a próxima edição.
Lista de órgãos participantes do CNU 2025 está em análise
O Ministério da Gestão e Inovação está se empenhando para garantir a adesão de um número de órgãos que justifique a realização do concurso de forma unificada.
Embora a lista de órgãos ainda não tenha sido confirmada, alguns já manifestaram sua participação no Concurso Unificado. Estes incluem:
- Fundação Biblioteca Nacional: 14 vagas;
- Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj): 20 vagas;
- Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR): 10 vagas;
- Instituto Brasileiro de Museus (Ibram): 28 vagas;
- Ministério da Fazenda: 30 vagas; e
- Fundação Cultural Palmares: 10 vagas.
O Ministério da Saúde, por sua vez, está avaliando a possibilidade de participar da edição do CNU em 2025, com autorização para preencher 319 vagas efetivas.
Com o Orçamento aprovado pelo Congresso, o MGI verificará quais outros concursos federais poderão ser autorizados neste ano.
As novas carreiras transversais estarão presentes no próximo concurso unificado, conforme a ministra Esther Dweck, assim como a área Administrativa.
Em uma entrevista exclusiva, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Júnior, revelou que o CNU 2025 deve oferecer cerca de 3 mil vagas, metade do que foi disponibilizado na primeira edição.
"Estamos abertos a um conjunto de vagas que devem ser autorizadas em 2025. No total, acreditamos que podemos reunir algo em torno de 3 mil a 3.500 vagas para a realização da segunda edição do concurso unificado".
Resultados da primeira edição do CNU já homologados
Os resultados finais da primeira edição do CNU foram homologados no dia 7 de março para todos os oito blocos temáticos. Os documentos foram publicados no Diário Oficial da União, abrangendo os cargos que não exigem curso de formação.
Com a aprovação do Orçamento de 2025, o Ministério da Gestão espera iniciar as convocações entre o final de abril e o início de maio.
A primeira edição, lançada em 2024, ofereceu 6.640 vagas para diversos órgãos e autarquias do Poder Executivo Federal, abrangendo carreiras de níveis médio e superior.
O Concurso Nacional Unificado é uma iniciativa inovadora do Governo Federal para recrutamento de novos servidores.
Nesse formato, foi possível se inscrever em várias carreiras dentro de um mesmo bloco temático, com o pagamento de apenas uma taxa, o que ampliou a concorrência.
Outra inovação foi a ampliação dos locais de prova. Os exames do CNU foram realizados no dia 18 de agosto em mais de 200 cidades do país.
Anteriormente, a maioria dos concursos federais ocorria apenas nas capitais estaduais e no Distrito Federal, ou exclusivamente em Brasília.
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