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Sindicatos pressionam por abertura de edital do concurso

A seleção será para o cargo de escriturário, que tem requisito de nível médio completo e propicia remuneração inicial de R$3.952,03.

Por Emerson Fernandes | Publicado em 18/09/2017 às 16h41 | Atualizado em 21/09/2017 às 15h44

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No fim deste mês, o Banco do Brasil completa dois anos sem realizar concurso válido nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de São Paulo Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins e o Distrito Federal, que completam quase um ano e meio.

Em 2015, havia planos de uma seleção para Rio de Janeiro, Amazonas, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina que foi cancelada por conta da crise política e financeira do país. O resultado é o déficit de mais de 6 mil funcionários em todo o país, segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

"Hoje há uma grande necessidade de realização de concursos no Brasil inteiro para que haja quadro disponível para convocação e reposição de funcionários. Com o fechamento de mais de 700 agências no ano passado, muitas regiões ficaram desassistidas e o fluxo de clientes aumentou muito em várias localidades, sobrecarregando as agências. O banco precisa contratar", afirmou o coordenador da Comissão dos Funcionários do BB, Wagner do Nascimento, também diretor da Contraf-CUT.

A falta de pessoal fez com que o banco se tornasse a instituição com o maior porcentual de reclamações de clientes no primeiro trimestre do ano, segundo o ranking do Banco Central (BC). Os sindicatos tentam se mobilizar para pressionar o banco a realizar uma nova seleção.

"A Contraf-CUT e os sindicatos reivindicam realização de concursos urgentemente para repor o quadro das agências. Não há um número mágico sobre o tamanho do déficit de pessoas, mas sabendo que reduziu 15 mil em dois anos e não repôs nenhum, já temos ideia do que precisamos para normalizar o atendimento", enfatizou.

Para amenizar os impactos da crise financeira, o banco investiu nos últimos dois anos em planos de aposentadoria incentivada, que resultaram na saída de mais de 14 mil profissionais, sem reposição de nenhuma vaga. "Não podemos concordar com a política de desmonte do BB. O banco público sempre foi importante para o desenvolvimento do Brasil e seu fortalecimento passa pela sua estrutura de pessoal. Vamos sempre defender um Banco do Brasil mais forte e mais útil ao país. Defender o Banco do Brasil é também defender o Brasil", defendeu Wagner.

Mesmo com esse cenário, Caetano Minchillo, diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, afirmou que não há previsão para novos concursos e que o quadro funcional está de acordo com as atuais necessidades do banco. "Se olharmos o banco como um todo, nós não identificamos nenhuma necessidade de funcionários neste momento. Hoje a gente consegue, através da reestruturação interna e da readequação das pessoas dentro do banco, suprir essa necessidade. Mas os concursos terão que ser realizados futuramente", disse Minchillo.

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