Cadastre seu whatsapp para acompanhar o andamento do concurso Banco Central:

Autonomia do Banco Central será prioridade para Bolsonaro em 2020

Por Emerson Fernandes | Publicado em 04/02/2020 às 22h55 | Atualizado em 12/02/2020 às 13h13

Compartilhe:

O presidente Jair Bolsonaro enviou uma mensagem na última segunda-feira, 3, para abertura do ano legislativo do Congresso Nacional, onde revelou que a busca pela autonomia do Banco Central é uma das principais metas para o ano de 2020. Caso seja confirmada, independência do Bacen pode favorecer para realização de novos concursos para a autarquia, pois o Banco teria mais autonomia para definir suas metas, mobilizando suas verbas para cobrir despesas.

Com isso, o Bacen não precisaria solicitar autorização do Ministério da Economia para realizar novas seleções. A abertura de cargos seria gerenciado pela própria direção do Banco de acordo com a necessidade.

Bolsonado entregou a mensagem diretamente ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante sua passagem por São Paulo. As prioridades legislativas para o presidente da República foram apresentadas durante a sessão solene conjunta da Câmara e do Senado. Constam também como prioridades a Reforma Tributária, propostas de emenda constitucional do pacto federativo, dos fundos públicos e emergencial, e ainda a privatização da Eletrobras.

Estão tramitando no Congresso Nacional dois projetos de lei referentes a autonomia do Banco Central. Foi assinado em junho 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, um projeto de lei (PL) complementar para implementar a autonomia do Banco Central. Isso aconteceu na cerimônia de celebração aos 100 primeiros dias de governo.

O Projeto de Lei tem como objetivo é fazer com que os mandatos do presidente e da diretoria do Banco Central sejam iniciados primeiro dia útil do terceiro ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Campos Neto, as duas matérias podem ser anexadas, mas vai depender do legislativo.

O presidente falou também sobre a possibilidade de mandato duplo no Bacen, segundo ele, esse não é uma forma eficiente de operar. A instituição tem como objetivo seguir duas principais metas, que são: controle de inflação e o crescimento econômico.

Devido ao grande déficit, que chega a 2.700 cargos vagos e falta de aval para realização de novos concursos, o Bacen resolveu readmitir aposentados para suprir parte da carência. Essa medida foi publicada no dia 21 de janeiro, no Diário Oficial da União.

As 17 vagas serão preenchidas mediante reversão das aposentadorias de servidores do Banco Central. Do total de vagas, duas são para procurador (nível superior em Direito), cinco são para técnico (nível médio) e dez serão para o cargo de analista (nível superior).

Mas, para tentar diminuir o déficit na autarquia, o Banco Central continua na busca por autorização para realização de um novo concurso. O último pedido enviado em 2019, onde foram solicitadas 260 vagas para o novo concurso Bacen. O pedido prevê uma oferta de 200 vagas para analista, 30 vagas para técnico e 30 para procurador.

Esse pedido é um complemento da solicitação feita em 2018 pelo BC, mas com a inclusão das vagas de técnico. As informações foram obtidas no dia 19 de junho, via Acesso à Informação.

Para ser um procurador do Banco Central é necessário possuir bacharelado em Direito e experiência mínima de dois anos em prática forense. O salário para esses profissionais é de R$21.472,49 por mês. Os candidatos ao cargo de técnico devem possuir nível médio completo e os salários são de R$7.741,31, já incluso o valor de R$458,00 de auxílio-alimentação. Para a carreira de analista é exigido nível superior em qualquer área. Neste caso, o salário é de R$19.655,06.

Cadastre seu whatsapp para acompanhar o andamento do concurso Banco Central: